fluconazol medicamento genérico - lei nº 9.787, de 1.999 SISTEMA FECHADO Formas farmacêuticas e apresentações: Solução para infusão intravenosa: Embalagem contendo 01 bolsa plástica com 100 mL (2 mg/mL). USO ADULTO E PEDIÁTRICO Solução para infusão intravenosa: USO INTRAVENOSO. Composição: Cada mL de Fluconazol genérico infusão intravenosa contém 2 mg de fluconazol. Excipientes: cloreto de sódio, hidróxido de sódio, ácido clorídrico e água para injetáveis. INFORMAÇÕES AO PACIENTE: Fluconazol é um agente antifúngico triazólico indicado no tratamento de criptococose e candidíase sistêmica ou de mucosa em pacientes imunocomprometidos ou não, além da prevenção de recidiva de candidíase orofaríngea em pacientes com AIDS e de infecções fúngicas em pacientes com doenças malignas e que estão predispostos a tais infecções devido à quimioterapia citotóxica ou radioterapia. Fluconazol solução para infusão intravenosa é apresentado em bolsas plásticas de uso restrito a hospitais. Fluconazol acondicionado em bolsas deve ser conservado em temperatura entre 15º e 30°C, protegido da luz e umidade. A infusão não deve ser congelada ou exposta a calor excessivo (vide “Instruções para Administração”). Antes de utilizar o medicamento, leia cuidadosamente o item “Instruções para Administração”, contido nesta bula. O prazo de validade deste produto é de 24 meses conforme impresso no rótulo. Não use medicamento com o prazo de validade vencido, pode ser perigoso para sua saúde. O uso na gravidez não é recomendado, exceto por julgamento do médico, em pacientes com infecções fúngicas graves ou que apresentem risco de vida e nos quais os potenciais benefícios possam superar os possíveis riscos ao feto. Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe ao seu médico se está amamentando. Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. Informe ao seu médico o aparecimento de reações desagradáveis. As reações adversas mais comuns incluem: náusea, dor abdominal, diarréia, flatulência e dor de cabeça. Informe ao seu médico se ocorrer erupção cutânea. Fluconazol é contra-indicado a pacientes com conhecida sensibilidade ao fármaco, a compostos azólicos ou a qualquer componente da fórmula. Informe ao seu médico qualquer reação alérgica ocorrida com o uso de outros medicamentos. Fluconazol é contra-indicado a mulheres que estejam amamentando. Informe ao seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS. NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE. INFORMAÇÕES TÉCNICAS: Propriedades Farmacodinâmicas O fluconazol, um membro de uma nova classe de agentes antifúngicos triazólicos, é um inibidor potente e específico da síntese fúngica de esteróides. A administração oral e intravenosa de fluconazol demonstrou ter atividade em uma variedade de modelos animais com infecção fúngica. Foi demonstrada atividade contra micoses oportunistas, tais como infecções por Candida spp., incluindo candidíase sistêmica em animais imunocomprometidos; com Cryptococcus neoformans, incluindo infecções intracranianas; com Microsporum spp. e com Trichophyton spp. O fluconazol também se mostrou ativo em modelos animais de micoses endêmicas, incluindo infecções com Blastomyces dermatitides, com Coccidioides immitis, incluindo infecções intracranianas e com Histoplasma capsulatum em animais normais ou imunodeprimidos. Foram relatados casos de superinfecção por outras espécies de Candida, que não a Candida albicans, as quais muitas vezes não são suscetíveis ao fluconazol (por ex.: Candida krusei). Esses casos podem requerer terapia antifúngica alternativa. O fluconazol é altamente específico para as enzimas dependentes do citocromo fúngico P450. Uma dose diária de 50 mg de fluconazol por até 28 dias demonstrou não afetar as concentrações plasmáticas de testosterona nos homens ou as concentrações de esteróides em mulheres em idade reprodutiva. O fluconazol em doses de 200 a 400 mg diários não afeta de modo clinicamente significante os níveis de esteróides endógenos ou a resposta estimulada do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) em voluntários sadios do sexo masculino. Estudos de interação com antipirina indicam que o fluconazol em dose única ou doses múltiplas de 50 mg não afeta o metabolismo da mesma. Propriedades Farmacocinéticas: As propriedades farmacocinéticas do fluconazol são similares após administração via intravenosa e oral. Após administração oral, o fluconazol é bem absorvido e os níveis plasmáticos e de biodisponibilidade sistêmica estão acima de 90% dos níveis obtidos após administração intravenosa. A absorção oral não é afetada pela ingestão concomitante de alimentos. Em jejum, os picos de concentração plasmática ocorrem entre 0,5 e 1,5 hora após a dose, com meia-vida de eliminação plasmática de aproximadamente 30 horas. As concentrações plasmáticas são proporcionais à dose. Após 4-5 dias com doses únicas diárias, são alcançados 90% dos níveis de equilíbrio (steady state). A administração de uma dose maciça (no primeiro dia) equivalente ao dobro da dose diária usual atinge níveis plasmáticos de aproximadamente 90% dos níveis de equilíbrio (steady state) no segundo dia. O volume aparente de distribuição aproxima-se do volume total corpóreo de água. A ligação às proteínas plasmáticas é baixa (11-12%). O fluconazol apresenta boa penetração em todos os fluidos corpóreos estudados. Os níveis de fluconazol na saliva e escarro são semelhantes aos níveis plasmáticos. Em pacientes com meningite fúngica, os níveis de fluconazol no líquor são aproximadamente 80% dos níveis plasmáticos correspondentes. Altas concentrações de fluconazol na pele, acima das concentrações séricas, foram obtidas no extrato córneo, derme, epiderme e suor écrino. O fluconazol acumula no extrato córneo. Durante o tratamento com dose de 50 mg diários, a concentração de fluconazol após 12 dias foi de 73 µg/g e 7 dias depois do término do tratamento a concentração foi de 5,8 µg/g. Em tratamento com dose única semanal de 150 mg, a concentração de fluconazol no extrato córneo no 7º dia foi de 23,4 µg/g e 7 dias após a segunda dose, a concentração ainda era de 7,1 µg/g. A concentração de fluconazol nas unhas após 4 meses de dose única semanal de 150 mg foi de 4,05 µg/g em unhas saudáveis e de 1,8 µg/g em unhas infectadas e o fluconazol era ainda detectável em amostras de unhas 6 meses após o término do tratamento. A principal via de excreção é a renal, com aproximadamente 80% da dose administrada encontrada como fármaco inalterado na urina. O clearance do fluconazol é proporcional ao clearance da creatinina. Não há evidência de metabólitos circulantes. A meia-vida longa de eliminação plasmática serve de suporte para a terapia de dose única para candidíase vaginal e dose única diária ou semanal para outras indicações. Farmacocinética em Crianças Os seguintes dados farmacocinéticos foram relatados em crianças:
Idade estudada Dose (mg/kg) Meia-vida (horas) AUC(mg. h/mL)
11 dias - 11 meses Única - IV 3 mg/kg 23,0 110,1
9 meses - 13 anos Única - Oral 2 mg/kg 25,0 94,7
9 meses - 13 anos Única - Oral 8 mg/kg 19,5 362,5
5 - 15 anos Múltipla - IV 2 mg/kg 17,4* 67,4*
5 - 15 anos Múltipla - IV 4 mg/kg 15,2* 139,1*
5 - 15 anos Múltipla - IV 8 mg/kg 17,6* 196,7*
Idade média de 7 anos Múltipla - Oral 3 mg/kg 15,5 41,6
Em recém-nascidos prematuros (em torno de 28 semanas de gestação), foi administrada uma dose intravenosa de 6 mg/kg de fluconazol a cada três dias, por um máximo de 5 doses, enquanto o recém-nascido prematuro se encontrava na unidade de terapia intensiva. A meia-vida média foi de 74 horas (variando entre 44-185) no 1º dia, a qual diminuiu com o tempo para uma meia-vida média de 53 horas (variando entre 30-131) no 7º dia e 47 horas (variando entre 27-68) no 13º dia. A área sob a curva (em µg.h/mL) foi de 271 (variando entre 173-385) no 1º dia, a qual aumentou com o tempo para um valor médio de 490 (variando entre 292-734) no 7º dia e diminuiu para um valor médio de 360 (variando entre 167-566) no 13º dia. O volume de distribuição foi de 1183 mL/kg (variando entre 1070-1470) no 1º dia, o qual aumentou com o tempo para um valor médio de 1184 mL/kg (variando entre 510-2130) no 7º dia e de 1328 mL/kg (variando entre 1040-1680) no 13º dia.
Dados de Segurança Pré-Clínicos Carcinogênese O fluconazol não apresentou nenhuma evidência de potencial carcinogênico em camundongos e ratos tratados por 24 meses com doses orais de 2,5, 5 ou 10 mg/kg/dia (aproximadamente 2-7 vezes maiores que a dose recomendada para humanos). Ratos machos tratados com 5 e 10 mg/kg/dia apresentaram um aumento na incidência de adenomas hepatocelulares. Mutagênese O fluconazol, com ou sem ativação metabólica, apresentou resultado negativo em testes para mutagenicidade em 4 cepas de S. typhimurium, e na linhagem de linfoma L5178Y de camundongos. Estudos citogenéticos in vivo (células da medula óssea de murinos, seguido de administração oral de fluconazol) e in vitro (linfócitos humanos expostos a 1.000 µg/mL de fluconazol) não demostraram evidências de mutações cromossômicas. Fertilidade O fluconazol não afetou a fertilidade de ratos machos ou fêmeas tratados oralmente com doses diárias de 5, 10 ou 20 mg/kg ou doses parenterais de 5, 25 ou 75 mg/kg, embora o início do trabalho de parto tenha sido levemente retardado com doses orais de 20 mg/kg. Em um estudo perinatal intravenoso com ratos e doses de 5, 20 e 40 mg/kg, foram observados distocia e prolongamento do parto em algumas fêmeas com dose de 20 mg/kg (aproximadamente 5-15 vezes maior que a dose recomendada para humanos) e 40 mg/kg, mas não com 5 mg/kg. Os distúrbios no parto foram refletidos por um leve aumento no número de filhotes natimortos e redução da sobrevivência neonatal nestes níveis de dose. Os efeitos no parto em ratos se mostraram consistentes com a propriedade espécie-específica de diminuir o estrógeno, produzida por altas doses de fluconazol. Esta modificação hormonal não foi observada em mulheres tratadas com fluconazol (vide “Propriedades Farmacodinâmicas”). INDICAÇÕES: O tratamento pode ser iniciado antes que os resultados dos testes de cultura ou outros testes laboratoriais sejam conhecidos. Entretanto, assim que estes resultados forem disponíveis, o tratamento antiinfeccioso deve ser ajustado adequadamente. Fluconazol é indicado no tratamento das seguintes condições: 1. Criptococose, incluindo meningite criptocócica e infecções em outros locais, como por exemplo, pulmonares e cutâneas. Podem ser tratados pacientes sadios e pacientes com AIDS, em transplantes de órgãos ou outras causas de imunossupressão. Fluconazol pode ser usado como terapia de manutenção para prevenir recidiva de doença criptocócica em pacientes com AIDS. 2. Candidíase sistêmica, incluindo candidemia, candidíase disseminada e outras formas de infecção invasiva por Candida, como infecções do peritônio, endocárdio, olhos e tratos pulmonar e urinário. Podem ser tratados pacientes com doenças malignas, pacientes em unidades de terapia intensiva, pacientes recebendo terapia citotóxica ou imunossupressiva ou com outros fatores que predisponham infecções por Candida. 3. Candidíase de mucosa, incluindo orofaríngea, esofágica, infecções broncopulmonares não-invasivas, candidúria, candidíase mucocutânea e candidíase oral atrófica crônica (lesão bucal associada a dentaduras). Podem ser tratados pacientes sadios e pacientes com função imunocomprometida. Prevenção de recidiva de candidíase orofaríngea em pacientes com AIDS. 4. Prevenção de infecções fúngicas em pacientes com doenças malignas e que estão predispostos a tais infecções devido à quimioterapia citotóxica ou radioterapia. CONTRA-INDICAÇÕES: Fluconazol é contra-indicado a pacientes com conhecida sensibilidade ao fármaco, compostos azólicos ou a qualquer componente da fórmula. A co- administração com terfenadina é contra-indicada a pacientes recebendo doses múltiplas de fluconazol de 400 mg (por dia) ou mais, baseada em um estudo de interação com doses múltiplas. A co-administração de cisaprida é contra-indicada a pacientes recebendo fluconazol (vide “Interações Medicamentosas”). ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: O fluconazol tem sido associado com raros casos de toxicidade hepática grave incluindo fatalidades, principalmente em pacientes com enfermidade de base grave. Em casos de hepatotoxicidade associada ao fluconazol, não foi observada qualquer relação com a dose total diária, duração do tratamento, sexo ou idade do paciente. A hepatotoxicidade causada pelo fluconazol tem sido geralmente reversível com a descontinuação do tratamento. Pacientes que apresentam testes de função hepática anormais durante o tratamento com fluconazol devem ser monitorados para verificar o desenvolvimento de danos hepáticos mais graves. O fluconazol deve ser descontinuado se houver o aparecimento de sinais clínicos ou sintomas relacionados ao desenvolvimento de danos hepáticos que possam ser atribuídos ao fluconazol. Alguns pacientes têm desenvolvido raramente reações cutâneas esfoliativas durante o tratamento com fluconazol, tais como Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica. Pacientes com AIDS são mais predispostos a desenvolver reações cutâneas graves a diversos fármacos. Caso os pacientes sob tratamento de infecções fúngicas superficiais desenvolvam rash que seja considerado atribuível ao fluconazol, o medicamento deve ser descontinuado e terapia posterior com este agente deve ser desconsiderada. Pacientes com infecções fúngicas sistêmicas/invasivas que desenvolveram rash devem ser monitorados, sendo que o fluconazol deve ser descontinuado se ocorrerem lesões bolhosas ou eritemas multiformes. A co-administração de fluconazol, em doses menores que 400 mg por dia, com terfenadina deve ser cuidadosamente monitorada (vide “Interações Medicamentosas”). Em raros casos, assim como com outros azólicos, tem sido relatada anafilaxia com o uso de fluconazol. Alguns azólicos, incluindo o fluconazol, foram associados com o prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma. Durante o período pós- comercialização, ocorreram casos muito raros de prolongamento do intervalo QT e torsade de pointes em pacientes recebendo fluconazol. Estes relatos incluíram pacientes gravemente doentes com vários fatores de riscos concomitantes que podem ter contribuído para a ocorrência destes eventos, tais como doença estrutural do coração, anormalidades de eletrólitos e uso de medicamentos concomitantes. O fluconazol deve ser administrado com cuidado a pacientes com essas condições potencialmente pró-arrítmicas. Uso durante a Gravidez Não existem estudos adequados nem controlados realizados com mulheres grávidas. Existem relatos de anormalidades múltiplas congênitas em crianças cujas mães foram tratadas para coccidioidomicose, com altas doses (400-800 mg/dia) de Fluconazol por 3 meses ou mais. A relação entre o uso de Fluconazol e esses eventos não está definida. Efeitos adversos fetais foram observados em animais apenas com altos níveis de dose associados à toxicidade materna. Não houve efeitos nos fetos com doses de 5 ou 10 mg/kg. Aumentos de variantes anatômicas (costelas supranumerárias, dilatação da pelve renal) e retardo de ossificação no feto foram observados com doses de 25 e 50 mg/kg ou doses maiores. Com doses variando de 80 mg/kg (aproximadamente 20 a 60 vezes a dose recomendada para humanos) a 320 mg/kg, a embrioletalidade em ratos foi aumentada e anormalidades fetais incluíram ondulação de costelas, fissura palatina e ossificação cranio-facial anormal. Esses efeitos são consistentes com a inibição da síntese de estrógeno em ratos e podem ser resultado dos conhecidos efeitos de queda de estrógeno durante a gravidez, organogênese e durante o parto. O uso durante a gravidez deverá ser evitado, exceto em pacientes com infecções fúngicas graves ou com potencial de risco de vida e nos quais os potenciais benefícios possam superar os possíveis riscos ao feto. Uso durante a Lactação O fluconazol é encontrado no leite materno em concentrações semelhantes as do plasma. Desta maneira, seu uso em mulheres lactantes não é recomendado. Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas A experiência tem mostrado que é improvável o comprometimento da habilidade para dirigir ou operar máquinas com o uso do Fluconazol. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Anticoagulantes: em um estudo de interação, o fluconazol aumentou o tempo de protrombina (12%) após a administração de varfarina em voluntários sadios do sexo masculino. Durante o período pós-comercialização, assim como com outros antifúngicos azólicos, foram relatados eventos hemorrágicos (hematoma, epistaxe, sangramento gastrintestinal, hematúria e melena) em associação com o aumento no tempo de protrombina em pacientes recebendo fluconazol concomitantemente com a varfarina. O tempo de protrombina em pacientes recebendo anticoagulantes do tipo cumarínicos deve ser cuidadosamente monitorado. Benzodiazepínicos (ação curta): logo após a administração oral de midazolam, o fluconazol resultou em um aumento substancial na concentração e nos efeitos psicomotores do midazolam. Esse efeito sobre o midazolam parece ser mais pronunciado após administração oral de fluconazol quando comparado à administração intravenosa. Se pacientes tratados com fluconazol necessitarem de uma terapia concomitante com um benzodiazepínico, uma diminuição na dosagem do benzodiazepínico deve ser considerada e os pacientes devem ser apropriadamente monitorados. Cisaprida: foram relatados eventos cardíacos incluindo torsade de pointes, em pacientes recebendo fluconazol concomitantemente com cisaprida. A co- administração de cisaprida é contra-indicada em pacientes recebendo fluconazol. Ciclosporina: em um estudo de farmacocinética realizado em pacientes com transplante renal, o fluconazol em doses diárias de 200 mg mostrou aumentar lentamente as concentrações de ciclosporina. Entretanto, em um outro estudo com doses múltiplas de 100 mg diários de fluconazol, o mesmo não afetou os níveis de ciclosporina em pacientes com transplante de medula óssea. Recomenda-se, portanto, uma monitoração das concentrações de ciclosporina em pacientes que estejam recebendo fluconazol. Hidroclorotiazida: em um estudo de interação farmacocinética, a co-administração de doses múltiplas de hidroclorotiazida em voluntários sadios que estavam recebendo fluconazol aumentou a concentração plasmática deste último fármaco em 40%. Esta alteração não deverá requerer mudança do regime de dosagem de fluconazol em pacientes que estejam recebendo também diuréticos, porém o prescritor deve ter em mente essas considerações. Contraceptivos orais: dois estudos de farmacocinética com um contraceptivo oral combinado foram realizados utilizando doses múltiplas de fluconazol. Não foram observados efeitos relevantes nos níveis de hormônio no estudo com doses diárias de 50 mg de fluconazol, enquanto que em doses diárias de 200 mg as AUCs (área sob a curva) de etinilestradiol e levonorgestrel foram aumentadas em 40% e 24%, respectivamente. Assim, é improvável que o uso de doses múltiplas de fluconazol nestas doses possa ter efeito na eficácia do contraceptivo oral combinado. Fenitoína: a administração concomitante de fluconazol e fenitoína pode aumentar os níveis deste último fármaco para um grau clinicamente significante. Se necessário administrar ambos os fármacos concomitantemente, os níveis de fenitoína deverão ser monitorados e a dose ajustada para manter os níveis terapêuticos. Rifabutina: existem relatos de que há uma interação quando o fluconazol é administrado concomitantemente com a rifabutina, levando a um aumento nos níveis séricos da rifabutina. Existem relatos de uveíte em pacientes nos quais a rifabutina e o fluconazol estavam sendo co-administrados. Pacientes recebendo rifabutina e fluconazol concomitantemente devem ser cuidadosamente monitorados. Rifampicina: a administração de fluconazol concomitantemente com a rifampicina resultou em uma redução de 25% na AUC (área sob a curva) e de 20% na meia-vida de fluconazol. Em pacientes que estejam recebendo terapia concomitante à rifampicina, deve ser considerado um aumento da dose de fluconazol. Sulfoniluréias: o fluconazol demonstrou prolongar a meia-vida plasmática de sulfoniluréias orais (clorpropamida, glibenclamida, glipizídeos e tolbutamida) quando administrado concomitantemente às mesmas em voluntários sadios. Fluconazol e sulfoniluréias orais podem ser co-administrados a pacientes diabéticos, porém deve ser considerada a possibilidade de episódios de hipoglicemia. Tacrolimo: existem relatos de que há interação quando o fluconazol é administrado concomitantemente com tacrolimo, levando a um aumento nos níveis séricos de tacrolimo. Existem relatos de nefrotoxicidade em pacientes nos quais o tacrolimo e fluconazol estavam sendo co-administrados. Pacientes recebendo ambos os fármacos concomitantemente devem ser cuidadosamente monitorados. Terfenadina: foram realizados estudos de interação devido à ocorrência de graves arritmias secundárias ao prolongamento do intervalo QTc em pacientes recebendo antifúngicos azólicos em associação com terfenadina. Um estudo demonstrou que doses de fluconazol de 200 mg diários não prolongam o intervalo QTc. Um outro estudo com doses diárias de fluconazol de 400 mg e 800 mg, demonstrou que a administração de fluconazol em doses de 400 mg ou mais, aumenta significantemente os níveis plasmáticos de terfenadina, quando são administrados concomitantemente. É contra-indicado o uso combinado de fluconazol em doses de 400 mg ou mais com terfenadina (vide “Contra-Indicações”). A co-administração de fluconazol, em doses menores que 400 mg por dia com terfenadina deve ser cuidadosamente monitorada. Teofilina: em um estudo de interação placebo-controlado, a administração de 200 mg diários de fluconazol durante 14 dias resultou numa redução de 18% na média da taxa do clearance plasmático de teofilina. Pacientes que estejam recebendo altas doses de teofilina, ou que estejam sob risco elevado de toxicidade à teofilina, deverão ser observados quanto aos sinais de toxicidade à mesma enquanto estiverem recebendo fluconazol. Se houver aparecimento de sinais de toxicidade, deverá ser instituída mudança na terapia. Zidovudina: dois estudos cinéticos resultaram em aumento dos níveis de zidovudina, provavelmente causado pela diminuição da conversão da zidovudina em seu principal metabólito. Um estudo determinou os níveis de zidovudina em pacientes aidéticos antes e depois da administração de 200 mg diários de fluconazol por 15 dias. Houve um aumento significativo na AUC (área sob a curva) de zidovudina (20%). Um outro estudo randomizado, em dois períodos e cruzado com dois grupos de tratamento, avaliou os níveis de zidovudina em pacientes infectados pelo HIV. Em duas ocasiões, com intervalo de 21 dias, os pacientes receberam 200 mg de zidovudina a cada 8 horas com ou sem 400 mg diários de fluconazol por 7 dias. A AUC (área sob a curva) de zidovudina aumentou significativamente (74%) durante a co-administração com fluconazol. Os pacientes recebendo esta combinação devem ser monitorados devido ao desenvolvimento de reações adversas relacionadas à zidovudina. O uso de fluconazol em pacientes recebendo concomitantemente astemizol ou outros medicamentos metabolizados pelo sistema do citocromo P450, pode ser associado com elevações nos níveis séricos desses fármacos. Na ausência de uma informação definitiva, deve-se ter cuidado quando o fluconazol for co- administrado. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados. Estudos de interação têm demonstrado que quando fluconazol oral é administrado concomitantemente com alimentos, cimetidina, antiácidos ou após irradiação corporal total devido a transplante de medula óssea, não ocorre alteração clinicamente significante na absorção deste agente. Os médicos deverão considerar que, embora estudos de interações medicamentosas com outros fármacos não tenham sido realizados, tais interações poderão ocorrer. REAÇÕES ADVERSAS: Fluconazol geralmente é bem tolerado. Os efeitos indesejáveis mais comumente observados durante os estudos clínicos e associados ao Fluconazol são: Sistema Nervoso Central e Periférico: cefaléia. Pele/Anexos:rash. Gastrintestinal: dor abdominal, diarréia, flatulência, náusea. Em alguns pacientes, particularmente aqueles com enfermidades de base graves, tais como AIDS e câncer, foram observadas alterações nos resultados dos testes das funções hematológica e renal e anormalidades hepáticas (vide “Advertências e Precauções”) durante o tratamento com fluconazol e agentes comparativos; entretanto, o significado clínico e a relação com o tratamento são incertos. Hepático/Biliar: toxicidade hepática incluindo casos raros de fatalidades, elevação dos níveis de fosfatase alcalina, bilirrubina, TGO e TGP. Além disso, os seguintes efeitos indesejáveis ocorreram durante o período pós-comercialização. Cardiovascular: prolongamento do intervalo QT, torsade de pointes (vide “Advertências e Precauções”). Sistema Nervoso Central e Periférico: tontura, convulsões. Pele/Anexos: alopecia, distúrbios esfoliativos da pele incluindo Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica. Gastrintestinal: dispepsia, vômito. Hematopoiético e Linfático: leucopenia incluindo neutropenia, agranulocitose, trombocitopenia. Geral: anafilaxia (incluindo angioedema, edema facial, prurido, urticária). Hepático/Biliar: insuficiência hepática, hepatite, necrose hepatocelular, icterícia. Metabólico/Nutricional: hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, hipocalemia. Outros sentidos: distúrbio de paladar. POSOLOGIA: A dose diária de Fluconazol deve ser baseada na natureza e gravidade da infecção fúngica. A terapia com fluconazol, nos casos de infecções que necessitam de um tratamento com doses múltiplas, deverá ser mantida até que parâmetros clínicos ou testes laboratoriais indiquem que a infecção fúngica ativa esteja controlada. Um período inadequado de tratamento poderá levar à recorrência da infecção ativa. Pacientes com AIDS e meningite criptocócica ou candidíase orofaríngea recorrente requerem usualmente terapia de manutenção para a prevenção de recidivas. A dose de Fluconazol utilizada para profilaxia deve ser ajustada conforme o grau de neutropenia. O ajuste da dose deve ser necessariamente estabelecido pelo médico, levando-se em consideração o grau de neutropenia. Uso em Adultos 1. Para meningite criptocócica e infecções por criptococos em outros locais, a dose usual é de 400 mg no primeiro dia, seguida de 200-400 mg em dose única diária. A duração do tratamento em infecções criptocócicas dependerá da resposta clínica e micológica, porém para a meningite criptocócica é de no mínimo 6 a 8 semanas. 2. Para prevenção de recidivas de meningite por criptococos em pacientes com AIDS, depois que o paciente receber a terapia primária completa, Fluconazol pode ser administrado diariamente em doses de 200 mg por período indefinido. 3. Para candidemia, candidíase disseminada ou outras infecções invasivas por Candida, a dose usual é de 400 mg no primeiro dia, seguida de 200 mg diariamente. Dependendo da resposta clínica, a dose pode ser aumentada para 400 mg diários. A duração do tratamento é baseada na resposta clínica. 4. Para candidíase orofaríngea, a dose usual é de 50 a 100 mg em dose única diária durante 7 a 14 dias. Quando necessário, o tratamento pode ser continuado por períodos mais longos em pacientes com função imune gravemente comprometida. Para candidíase oral atrófica associada a dentaduras, a dose usual é de 50 mg em dose única diária durante 14 dias, administrada concomitantemente a medidas anti-sépticas locais para dentaduras. Para outras infecções por Candida nas mucosas (exceto candidíase vaginal), como por exemplo, esofagite, infecções broncopulmonares não invasivas e candidúria, a dose usual eficaz é de 50 a 100 mg diários, administrada durante 14 a 30 dias. Para a prevenção de reincidência de candidíase orofaríngea em pacientes com AIDS, depois que o paciente terminar a terapia primária, o fluconazol pode ser administrado em dose única semanal de 150 mg. 5. A dose recomendada de fluconazol para prevenção de candidíase é de 50 a 400 mg em dose única diária, baseada no risco do paciente de desenvolver infecção fúngica. Para pacientes com alto risco de desenvolver infecção sistêmica, por exemplo, pacientes que apresentarem neutropenia profunda ou prolongada, a dose recomendada é de 400 mg em dose única diária. A administração deve começar alguns dias antes do início estimado da neutropenia e continuar por 7 dias depois que a contagem de neutrófilos atingir valores maiores que 1.000 células/mm3. Uso em Crianças Assim como em infecções similares em adultos, a duração do tratamento é baseada na resposta clínica e micológica. A dose diária máxima para adultos não deve ser excedida em crianças. Fluconazol deve ser administrado como dose única diária. A dose recomendada de fluconazol para candidíase de mucosa é de 3 mg/kg diariamente. Uma dose de ataque de 6 mg/kg pode ser utilizada no primeiro dia para alcançar os níveis de steady state mais rapidamente. Para o tratamento de candidíase sistêmica e infecções criptocócicas, a dose recomendada é de 6-12 mg/kg/dia, dependendo da gravidade da infecção. Para a prevenção de infecções fúngicas em pacientes imunocomprometidos considerados de risco como consequência de neutropenia após quimioterapia citotóxica ou radioterapia, a dose deve ser de 3-12 mg/kg/dia, dependendo da extensão e da duração da neutropenia induzida (vide “Posologia Uso em Adultos”; para crianças com insuficiência renal, vide “Posologia Uso em Pacientes com Insuficiência Renal”).
Uso em Crianças com 4 semanas de idade ou mais novas Os neonatos excretam fluconazol lentamente. Nas duas primeiras semanas de vida, a mesma dose em mg/kg recomendada para crianças mais velhas pode ser adotada, mas administrada a cada 72 horas. Durante a 3ª e 4ª semana de vida, a mesma dose deve ser administrada a cada 48 horas.
Uso em Idosos Quando não houver evidência de insuficiência renal, deve ser adotada a dose normal recomendada. Em pacientes com insuficiência renal (clearance de creatinina = 50 mL/min), a dose deve ser ajustada conforme descrita a seguir. Uso em Pacientes com Insuficiência Renal Fluconazol é excretado predominantemente de forma inalterada na urina. Em pacientes com insuficiência renal (incluindo crianças) que utilizarão doses múltiplas de fluconazol, uma dose inicial de 50 mg a 400 mg deve ser adotada. Após a dose inicial, a dose diária (de acordo com a indicação) deve estar baseada na tabela a seguir:
Clearance de creatinina (mL/min) Porcentagem de dose recomendada > 50 100% <
pacientes submetidos à diálise regularmente 100% da dose após cada diálise
INSTRUÇÕES PARA ADMINISTRAÇÃO: Fluconazol pode ser administrado tanto por via oral como por infusão intravenosa. Fluconazol cápsulas pode ser administrado juntamente com as refeições. A infusão intravenosa apresentada em bolsas plásticas deve ser administrada a uma velocidade que não exceda 10 mL/minuto. A escolha da via de administração depende do estado clínico do paciente. Ao passar da via intravenosa para a oral, ou vice-versa, não há necessidade de mudar a posologia diária. Fluconazol Infusão Intravenosa é preparado em solução de cloreto de sódio 0,9%, sendo que cada 200 mg (100 mL de solução) contém 15 mmol de Na+ e Cl- . Uma vez que Fluconazol é disponível como solução salina diluída, a velocidade de administração da infusão deve ser considerada em pacientes que requeiram restrição de sódio ou líquidos. Fluconazol infusão intravenosa é compatível com a administração dos seguintes fluidos:
a) Dextrose 20%; b) Solução de Ringer; c) Solução de Hartmann; d) Cloreto de potássio em glicose; e) Bicarbonato de sódio 4,2%; f) Aminofusina; g) Solução salina.
Cuidados especiais antes da administração da Infusão Intravenosa apresentada em Bolsas Plásticas O medicamento acondicionado em bolsas plásticas deve ser conservado em temperatura entre 15 a 30°C, protegido da luz e umidade. A infusão não deve ser congelada ou exposta a calor excessivo. A bolsa é armazenada dentro de um strip (embalagem externa) que deve ser removido somente no momento do uso. O alumínio é uma barreira contra a umidade e mantém a esterilidade do produto. A bolsa plástica deve ser utilizada somente para infusão intravenosa com equipamentos estéreis.
ATENÇÃO: não utilizar bolsas ou outras embalagens plásticas em conexões em série. A utilização de conexões em série pode resultar em embolismo gasoso devido à vazão do ar residual presente na primeira bolsa/embalagem plástica antes da administração do conteúdo da segunda bolsa/embalagem plástica. Não utilize a solução se estiver turva ou precipitada. Embora não tenham sido observadas incompatibilidades específicas, a mistura com qualquer outro fármaco antes da infusão não é recomendada. Para abrir a embalagem Romper o lacre do alunínio (embalagem externa) e remover a bolsa plástica. A embalagem plástica pode se apresentar um pouco opaca devido à absorção de umidade durante o processo de esterilização. Isto é normal e não afeta a qualidade e segurança da solução. A opacidade diminuirá gradualmente. Após a remoção da bolsa plástica, verificar se há vazamento apertando-a firmemente por alguns minutos. Se houver vazamento, a solução deve ser descartada, pois pode haver um comprometimento da esterilidade. NÃO ADICIONAR MEDICAÇÃO SUPLEMENTAR SIMULTANEAMENTE. Preparo para administração - suspender a bolsa plástica pelo orifício de suporte e fixar no suporte; - remover o plástico protetor do equipo de saída; - conectar o equipo à bolsa plástica. SUPERDOSAGEM: Foram relatados casos de superdosagem com fluconazol. Em um dos casos, um paciente de 42 anos infectado com o vírus da imunodeficiência humana apresentou alucinações e exibiu um comportamento paranóico após a ingestão relatada de 8.200 mg de fluconazol. O paciente foi hospitalizado e sua condição foi resolvida em 48 horas. Quando ocorrer superdosagem, o tratamento sintomático poderá ser adotado, incluindo, se necessário, medidas de suporte e lavagem gástrica. O fluconazol é amplamente excretado na urina; a diurese forçada deverá aumentar a taxa de eliminação. Uma sessão de hemodiálise de 3 horas diminui os níveis plasmáticos em aproximadamente 50%.
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The Ne w E n g l a nd Jo u r n a l o f Me d ic i ne WILD-MUSHROOM INTOXICATION AS A CAUSE OF RHABDOMYOLYSIS JEAN P. POMIES, M.D., PH.D., JEAN M. RAGNAUD, M.D., CLAUDE GABINSKI, M.D., STEN DE WITTE, M.D.,JEAN C. CHAPALAIN, M.D., AND PIERRE GODEAU, M.D. HE growing popularity of eating wild mush-rooms has led to an increase in the incidenceTof mushroom poisoning